21 novembro 2012

Um tu, um eu

Uma tarde, um silêncio, um olhar;
Uma vista, uma pele, um teu
Um tom, um dom, um cais
Uma só nota, uma só pessoa
Um só eu.

14 outubro 2012

Complexo de imunidade

De um modo complexo exprime da mais sutil vontade de se esvair
Entregando cada ponto alvo da obscuridade, de tal maneira disso, de tal maneira daquilo
Em cada forma de se publicar excelente, de uma forma quadrada e rasa
Em quê dos apontamentos e observações momentâneas
Exatamente o que deveria não ser, do que uma amnésia poderia se tratar
Ponderei cada olhar de todos os que queriam exagerar
Do que bate e não rebate o que parece ser, escondendo-se atrás de cores
Que só trazem o que já havia passado.

Com comprometimento com as dores de ouvidos
Com qual é mais eloquente claridade pelo pensamento
Se pensa que é não é, só é apenas triunfos à luz da tarde
Espaços completamente cheios de egos!

 Pode apenas querer molhar os pés, mas vai sempre molhar a cabeça
O quanto apressada estou, quando me prendo é quando mais me solto
Da maneira mais perigosa, não há temores de expor algo
Apenas do que já existe.

23 agosto 2012

02

rodopio infinitamente
dentro de nós
e de sua mente

26 julho 2012

Órbita

Eram tantas luzes, eram muitas empolgações!
E a obrigação de sair de órbita!
As pessoas com cede de gole seco e quente,
Tentariam surdez, ficar mudas, e visitar o outro lado da verdade!
No silêncio dos olhos, e a valsa que conduziam os braços!
Me vinha a vontade de dizer,
Me dava a sentir o desnecessário e o incompreendido!
Era o que todos tinham a fazer!
Era o que todos pretendiam!
Descia-se de ponta a cabeça e fazia tudo rodar.
Meus olhos secos e a boca molhada,
Inconsciência pensava em me trair,
E a solidão a pensar!
O lugar cheio de riqueza e mágoa,
Muitas vezes alegrava outras decepcionava!
Mas é isso que dá morar em pessoas!

09 julho 2012

Sua mão na minha

gosto de segurar sua mão porque sempre sinto a queda iminente e se eu tropeço eu tropeço pra cair no fundo e o fundo é tão profundo que nem seus olhos iluminados de castanho terra me guiariam de volta pra superfície.

14 junho 2012

O que diz o dia

Meus dias cada vez mais eternos
Na pequena melancolia do pôr do sol
O vento nem sempre é à favor do tempo.
Displiciensia da ardura
Tic tac era as folhas batendo entre si
Que nas minhas horas cantam plin plin
Da chuva e todo o seu chorá...

Me traz todos os dias de sol
Pra alma esperar
Com tanta ansiedade
O plin plin plin da chuva
Na carcaça designar uma nova pisada

Não se diz que dançar amor
Floresce o olhar e nem acalma
O penar, porque o que dizem os dias tristes
São apenas canções de ninar.

08 maio 2012

01

Veja bem a chuva que fala,
Que quer dizer algo que ninguém escuta,
Que ninguém entende.


Veja bem os olhos que dizem amor,
Que falam de saudade,
Que não escuta a realidade.


Veja bem o que o tempo quer falar,
Que em um caminhar se encontra uma verdade,
Que leva a saudade pra dentro do mar.


Diga o que as mãos fazem,
Que na vida só se sabe de uma coisa,
Que é perigoso viver de saudade.


Escute o que as cores representam,
Que com o todo a gente se arrebenta,
Que o coração não quer dizer.


Não seja a rosa,
Que tem espinhos,
Que serve de enfeite para casais.


Não seja a saudade de alguém,
Que machuca sem ver,
Que não deixa ninguém viver.


Veja bem o que queres fazer,
Que na vida tudo se perde,
Que se engana e despede.


Se a verdade é que todos morremos de tristeza.

02 março 2012

Dualismo em mim

nos seus olhos morri duas vidas inteiras
mas vivi mais de cem pra recompensar

28 fevereiro 2012

A jovem chama

Você me faz esquecer
De toda dor
Chega a me aquecer.

Mas eu danço no ar
E não paro de me perguntar:
E depois, o que será?
Sinto-me sem ar.

"Até o apagar da velha chama"
Eu ouvi Elis cantar
Me escondo o dia inteiro na cama
Com medo de não suportar.