21 julho 2011

A estrada

Não há o que temer com a distância, a estrada é reconfortante, me da segurança durante meu percurso. Não me afeta o fato que estou sempre tendo que partir, o recomeço faz parte de mim.
Faz parte do meu cotidiano, mudar de pele, de alojamento e de olhar.Faz parte do meu mundo ter que mudar o meu mundo, tempo e o resto que me cerca a curto período.Isso não conforta a ninguém, mas ninguém precisa saber.Não espere muita coisa, e nem guarde sentimentos por mim, sou feita em pedaços.O vento sopra e me carrega de instante, não sou constante, não preciso parar, apenas respirar.As tentativas que me acompanham de sol a milhas, em lugares distantes, estranhos, mas os o que levo não muda. Difíceis lembranças são as mais companheiras, cobertores do chão das ruas que eu passei.
Complicadas informações da terra da insolência, a vida de um cão de rua, a terra da solenidade.Os restos de um sentimento espalhados pelos rastros de uma vida miserável.
As pessoas não tem direção a mim, são aromas que sinto mais não me recordo.
Tudo se porta assim, as pessoas também não se recordam de mim.Não se sabe quando, ou que está relacionado ao corpo, ou a sua alma. O que estraga é quando o sentimento de impotência sem querer escapa, querendo que tudo fuja do controle.
Eu até tento fugir da rotina da meia noite, muitas vezes o pensamento de desistir me prende com uma forte turbulência.Mas dos poréns confesso que a estrada é mais romântica, menos constante.
Não resisto mais a estrada.

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